28 de julho de 2008

O machismo

Frases retiradas de revistas femininas das décadas de 50 e 60:

- Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto, sem questioná-lo (Revista Claudia, 1962)

- A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa (Jornal das Moças, 1965)

- A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas (Jornal das Moças, 1959)

- Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinza no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda a casa (Jornal das Moças, 1957)

- Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas (Jornal das Moças, 1957)

- O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimônio. ELE é quem decide, sempre! (Revista Querida, 1953)

- Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite espere-o linda, cheirosa e dócil (Jornal das Moças, 1958)

- É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido (Jornal das Moças, 1958)

- O lugar de mulher é no lar (Revista Querida, 1955).

Apesar de tudo isso ter sido escrito há quase meio século, a gente percebe que pouca coisa mudou nesse sentido. Ou então as maiores personalidades femininas do mundo atual (ou mesmo as mulheres comuns que lutam pelo que querem, têm idéias próprias e não se submetem a qualquer coisa) não teriam tanta dificuldade em encontrar um parceiro...

Filme do dia: Mulheres Perfeitas (com Nicole Kidman, Matthew Broderick, Bette Midler e Glenn Close)

21 de julho de 2008

Defeitos ou qualidades?

Tenho o hábito de filosofar a respeito das coisas da vida. E sempre antes de dormir ou quando estou de bobeira fico divagando sobre o amor, a morte, a fé, as pessoas, enfim, sobre qualquer coisa que possa ser pensada.
Até que um dia, num desses momentos de filosofia, me surgiu a seguinte questão: Qual é o limiar de uma qualidade para que ela seja considerada um defeito e vice-versa?

E refletindo sobre alguns defeitos e qualidades do comportamento humano, cheguei ao seguinte resultado:

Manter o respeito pode parecer frieza
Ter frieza nos faz manter a calma
Muita calma pode virar monotonia
A monotonia desenvolve a paciência
Muita paciência nos torna acomodados
O comodismo nos dá conforto
Conforto cria a preguiça
A preguiça nos dá o descanso
O descanso nos faz ter sonhos (bons ou maus):
Sonhos maus podem ensinar uma lição
Enquanto sonhos bons podem ser uma ilusão
A ilusão cria esperanças
Esperanças irreais podem ser ausência de razão
Da ausência da razão nascem as grandes paixões
Paixão provoca ciúme
Ciúme é um sinal de bem-querer
O bem-querer cria o sentimento de posse
Ter a posse gera o cuidado e a dedicação
Dedicação sem reciprocidade provoca a cobrança
Da cobrança surge o diálogo
Um diálogo pode virar uma discussão
Numa discussão, conhece-se melhor os outros
Conhecer os outros é encontrar defeitos
Identificar defeitos ajuda a melhorar a si mesmo
Melhorar a si mesmo causa em alguns a prepotência
Quem é prepotente tem amor próprio
Ter amor próprio exige respeito.


Assim, tanto em defeitos como em qualidades, vale sempre o que diz Dalai Lama: "O melhor caminho é sempre o do meio".

Música do dia: Hello, Goodbye (The Beatles). Antagonismo puro, só pra contrariar o poema...

9 de julho de 2008

M.M.D.C.

Maravilha, feriado em São Paulo! Todos os paulistas felizes com um feriado no meio da semana. Tudo bem que feriado no meio da semana não é lá grande coisa, mas considerando que este é o último feriado que cai em dia útil até o Natal, tá sendo uma data mais do que celebrada no Estado inteiro!
Quase ninguém sabe porque o dia de hoje é feriado, e sabem menos ainda por que, além de feriado, também é nome de uma avenida enorme e muito importante em Sampa, a Av. 9 de julho.

E foi pensando nisso que resolvi falar um pouco sobre as datas que dão nomes a várias ruas e avenidas de destaque em São Paulo, mas que quase ninguém sabe o que aconteceu no dia.

9 de julho - Vou começar com a avenida que tem o nome da data de hoje. Pra quem não sabe, o dia 9 de julho marca o início da Revolução Constitucionalista de 1932, uma revolta paulista contra o presidente Getúlio Vargas, que após a falência da República do Café com Leite por causa da Grande Depressão de 1929 e uma eleição presidencial frustrada, toma o poder provisoriamente na Revolução de 1930.

Os paulistas exigiam eleições presidenciais, uma nova constituição e o retorno imediato do país ao estado de direito, já que Getúlio Vargas estava governando ao seu bel-prazer ditatorial (mais ou menos o que o PT está tentando fazer nos dias de hoje), acabando com o Congresso Nacional e com as Câmaras Municipais. Os paulistas consideravam que o seu Estado estava sendo tratado pelo Governo Federal como uma terra conquistada, governada por tenentes de outros estados, e sentiam que a Revolução de 1930 fora feita "contra" São Paulo, pois Júlio Prestes (um paulista) havia ganho a eleição presidencial com o apoio do povo mas não assumiu o poder, e Getúlio na época havia prometido uma Constituição que até então, 2 anos depois, não passava de uma promessa. 

Isso acabou provocando uma revolta armada entre as tropas paulistas e os soldados do governo federal pra tentar acabar com a palhaçada. Os paulistas, mesmo com o apoio da imprensa e de toda a população, acabam se rendendo após três meses de luta.

Mesmo perdendo, eles conseguiram dois anos depois o que almejavam: a tão desejada Assembléia Constituinte. E a Revolução Constitucionalista de 1932 entrou pra história do Brasil como o maior confronto militar do país no século XX.

23 de maio - Outra importante e sempre engarrafada avenida de Sampa. E também é uma data importante da Revolução de 32. Na verdade o dia 23 de maio marca o estopim para a revolução, já que nesse dia é realizado um comício no centro da cidade de São Paulo reivindicando a nova constituição e esse comício termina no maior quebra pau com tiroteio e tudo (novamente, como acontece bastante hoje em dia), culminando na morte de cinco estudantes: Martins, Miragaia, Dráuzio, Camargo e Alvarenga. As iniciais de seus nomes formaram a sigla MMDC, que se transformou no grande símbolo da revolução e foi adotado como o nome da organização civil que organizou e treinou os revolucionários paulistas. O pobre do Alvarenga ninguém lembra só porque ele não foi assasinado na mesma hora, morreu alguns dias depois e ficou como uma vaga lembrança na história, coitado...

25 de março - Só de ouvir essa todo mundo lembra do Paraguai, mas fica em São Paulo mesmo, o maior comércio de bugiganga a céu aberto do mundo! Mas enfim, no dia 25 de março de 1824 foi outorgada a primeira Constituição brasileira, redigida por dez homens de confiança de D. Pedro I, pertencentes ao Partido Português. Olha que legal, o Partido Português redigiu a Constituição do Brasil que já era independente de Portugal há 2 anos. Indícios da instauração da Casa da Mãe Joana desde os primórdios, mas deixa pra isso pra lá...

7 de abril - Outra rua famosa do centro velho de São Paulo, pertinho da Praça da República. O dia 7 de abril de 1831 foi o dia em que D. Pedro I abdicou o trono brasileiro e voltou para Portugal, deixando o reinado para seu filho primogênito D. Pedro II, na época com 5 anos de idade, nomeando seu tutor José Bonifácio de Andrada e Silva. É a Casa da Mãe Joana, parte II (que dura até hoje).


13 de maio - Essa eu adoro, cheia das deliciosas cantinas italianas da Bela Vista e do Bixiga... E a data também é bem conhecida, pelo menos todo mundo que fez o ensino fundamental deveria saber: é o dia da Abolição da Escravatura no Brasil, através da assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, no ano de 1888. Mas tem um fato interessante sobre esse dia: foi escolhido pela Princesa Isabel para a assinatura da lei por motivos místicos relacionados à data e em homenagem ao avô, Dom João VI, que havia nascido nesse mesmo dia.

Enfim, São Paulo é enorme e tem milhões de outras ruas com nomes de data, mas acho que esse aperitivo já está de bom tamanho pra quem quiser iniciar um bate papo ou uma paquera nesse feriado com um assunto cultural diferente.
Mas podem ficar tranquilos, porque no dia em que nomearem em São Paulo a Rua 25 de setembro eu volto ao assunto pra contar a história dessa importantíssima data...
Música do dia: São Paulo, São Paulo (Premeditando o Breque)

8 de julho de 2008

Maternidade

Ser mãe, o sonho de toda mulher!

Quantas vezes já ouvimos essa frase? E tenho que admitir que se pensarmos estatisticamente ela pode ser considerada bem verdadeira, já que realmente atinge a grande maioria das mulheres. Mas e as exceções? É exatamente sobre elas que vou falar.

Todo mundo vive falando de preconceito. Que os negros são as maiores vítimas de preconceito, que os gays são as maiores vítimas de preconceito. Um ateu que eu conheço (que na minha opinião não é ateu coisa nenhuma, e eu já falei isso pra ele) diz que o maior preconceito que existe é contra os ateus. Tudo balela!!! O maior preconceito que existe é em relação a uma mulher que diz que não gostaria de ser mãe.

Eu sou uma delas. E percebo a cara que as pessoas me olham quando eu digo isso, que não pretendo ser mãe.

Quando falo a esse respeito me olham como se eu fosse um monstro, uma pessoa malvada e ruim, desumana e insensível, aquela que detesta criança. E posso afirmar com absoluta certeza e com todas as letras que não sou nada disso.

Adoro crianças! Tenho um monte de sobrinhos de diversas idades, de bebê a adulto, e me divirto demais com todos eles, morro de saudades, adoro a companhia deles, brinco, cuido, faço carinho, cafuné, massagem, milhões de beijos, dou minhas coisas pra fuçarem, dou atenção e amor, ensino coisas, assisto desenho junto, tudo o que temos direito, e amo muito tudo isso! Com certeza não é por não gostar de crianças que não quero ser mãe.

Insensível? Quem me conhece de verdade sabe exatamente como eu sou. Posso às vezes ser casca grossa, principalmente quando estou irritada, mas isso acontece exatamente por ser sensível demais a todo tipo de emoção. Tenho um lado emocional muito intenso, todos os meus sentimentos estão sempre à flor da pele, sejam de amor, de raiva, de paixão, de tristeza, de dó, de alegria, de carinho e de amizade, é tudo sempre intenso e para mim é realmente difícil disfarçar qual o sentimento está me dominando no momento, tanto que todo mundo percebe só de olhar no meu rosto. Portanto, não é por ser insensível que não quero ser mãe.

Vou explicar meus porquês, e são apenas dois os motivos pelos quais não tenho intenção de ser mãe.

Em primeiro lugar porque acredito que assim como qualquer outra coisa que se queira fazer bem feita na vida, é necessária a vocação para tal. E eu sinceramente acredito que não tenho. Como tia acho que consigo cumprir bem a função, mas tia é como uma mãe que tirou férias, é diferente. Sou muito atrapalhada, estabanada e dorminhoca, três adjetivos que em nada combinam com a arte de ser mãe (sim, pois na minha opinião é uma arte, e precisa ter muito talento para desempenhá-la bem). Dizem que depois que você tem filho esses adjetivos desaparecem, mas prefiro não arriscar ser uma péssima mãe para uma inocente criancinha a tentar provar que a teoria funciona na prática, usando o meu bebê como cobaia...

Em segundo lugar porque acho que o mundo tá indo de mal a pior, muita maldade e muita mentira, chegando quase no ponto de "proibido para menores", se é que me entendem...

São dois simples motivos que tenho na minha consciência para não querer ter filhos. Pouco me importa se concordam ou não com os meus porquês, mas eu ficaria satisfeita apenas pelo fato de não ser julgada mal pela minha opção, isso honestamente não faz de mim mais ou menos mulher, nem uma mulher melhor ou pior.

Mesmo porque o que realmente importa é que admiro muito todas as mulheres que se dedicam a ser mães: é o ato de amor e de doação mais lindo que existe, a gestação é definida como algo maravilhoso e gratificante (pergunte a qualquer mulher que é mãe que ela responderá isso) e é imprescindível que continuem existindo essas maravilhosas mulheres heroínas com vocação materna para gerarem e criarem seres humanos inteligentes, talentosos e magníficos que saibam coexistir em paz e amor uns com os outros, respeitando os animais e a Natureza para, quem sabe, termos um futuro melhor para as pessoas e para o planeta.

Mas e se eu for uma dessas maravilhosas mulheres heroínas com vocação materna e estou achando que não sou?

Só Deus sabe isso. E se esse for o meu destino algum dia eu mudo de idéia...

Quero dedicar esse post às queridas amigas Karina (a mais nova supermãe), Cris Tomi e Tita Márcia (as futuras supermães). Adoro vocês, parabéns pelos bebês!!!

Música do dia: O meu guri (Chico Buarque). Retrata bem o amor cego e incondicional de uma mãe pelo seu rebento...

7 de julho de 2008

O chato

Em homenagem a um cliente especial que tive que atender hoje deixo aqui um diálogo divertido que tive com minha chefe logo após o escândalo que o mesmo provocou esta tarde:

Minha chefe: - Nossa, Mi, alguém precisa avisar ele!

Eu: - Avisar ele do que?

Minha chefe: - Que ele tem que escolher: ou ele é chato ou ele é feio, porque as duas coisas ele não pode ser ao mesmo tempo não!!!

Minha chefe é mesmo ótima... Um beijo pra ela! :-)

Música do dia: O chato (Oswaldo Montenegro)

6 de julho de 2008

A little bit of love

O dia dos namorados passou, o mês dos namorados passou, e como essa palavra "namorado" (ou qualquer coisa relacionada) não tem tido muito significado para mim ultimamente acabei nem postando nada que falasse de amor ou romance por aqui no mês de junho.
Hoje não mudou absolutamente nada nesse sentido, mas não sei por que razão resolvi colocar uma poesia toda romântica e até breguinha que fiz há um bom tempo atrás, num momento em que eu estava apaixonada (e atire a primeira pedra aquele que nunca fez breguice por uma paixonite aguda!!!)
Talvez meu inconsciente esteja querendo mudar o clima nesse sentido pra mim, dar aquela esquentada, who knows?
Mas vou deixar a vida me levar pra onde ela quiser, vamos ver no que dá...
Espero que gostem do poema. E acredito que pelo menos os apaixonados vão me dar um ibopezinho nessa!

O MAR

Amo o mar
E como o mar é o meu amor
Calmo e turbulento
Claro e turvo
Vai e volta, como as ondas...
Ergueu-se do nada, imponente
Numa onda gigantesca, assustadora, incontrolável
E batendo numa rocha, insensível, quase cruel
Ficou rasa e enfraquecida
Quando o sol ressurgiu, novamente a aqueceu
De lá do fundo, ganhou força e renasceu
Tornou-se a onda perfeita
Dos sonhos de qualquer surfista,
De qualquer pessoa, para quem quisesse ver...
Mas, quebrando na areia, numa última queda
Pensei tê-la visto morrer na praia
Para nunca mais...
Puro engano
Sem razão nem lógica
Retornou ao oceano
Às suas águas, às suas origens,
Cruzou rebentações
E tomou conta de todo o mar, sem fim, para sempre...
Desse mesmo mar
Que é o meu amor
Que é seu.

Música do dia: Give a little bit (Supertramp, com ótima versão do Goo Goo Dolls)

4 de julho de 2008

Independence Day


Happy 4th July United States of America!!!
Mais um grande evento...
Mais um idiota com o poder nas mãos...

Música para o momento: American Idiot (Green Day)

Protestando de novo...

Não sei se ultimamente ando muito filosófica, se ando meio revoltada ou se as coisas é que estão indo todas na contramão do bom senso aqui na terra tupiniquim. Ou talvez seja tudo ao mesmo tempo, sei lá. A questão é que estou eu aqui protestando de novo...

Essa semana, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou o PL 546/2007 que reserva metade das vagas das instituições federais de educação profissional e tecnológica e das universidades a estudantes que tenham cursado todo o ensino fundamental em escola pública. Dentro dessa reserva de vagas, o projeto prevê cotas para alunos negros, pardos e índios em proporção igual à composição da população na unidade da federação em que a instituição estiver localizada.

Assim sendo, 50% das vagas em universidades públicas será destinada a pessoas que estudaram em escolas públicas, teoricamente com o intuito de diminuir as diferenças sociais e dar mais oportunidades aos estudantes com menor renda, já que os estudantes de escolas públicas normalmente pertencem às classes sociais menos abastadas.
Só podia ser mais uma idéia do governo Lula mesmo, algo assim tão estúpido!

É lógico que todo mundo tem direito de ter as mesmas oportunidades, independentemente da classe social, já que existem pessoas esforçadas, babacas, inteligentes, estúpidas, geniais ou preguiçosas em qualquer nível social ou racial existente, do milionário ao miserável, sejam estes brancos, negros ou pardos.

Mas o foco da questão é a forma como essas oportunidades devem ser oferecidas, e com certeza "dando" vagas na faculdade é o pior caminho. É na verdade a "maquiagem" que esse governinho ridículo tem o hábito de fazer para ludibriar os mais humildes, mas que qualquer um que tenha um pouquinho mais de acesso à informação percebe rapidinho que não passa de puro golpe populista (outro, diga-se de passagem, dentre tantos que já foram dados...)

É só pensar na seguinte questão: o futuro está nas mãos do jovem (um clichêzinho político bem básico, mas funciona na prática pra exemplificar).

Mas o que essa frase quer dizer? Que daqui a 10 anos, os profissionais da saúde, da tecnologia, da informática, da ciência, da educação, das artes e de qualquer outra área que se pensar são os jovens universitários de hoje. E a qualidade do serviço, a evolução científica, tecnológica e econômica do país estará diretamente ligada à capacidade e ao desenvolvimento profissional desses mesmos jovens.

Pois bem, pegue agora um adolescente que estudou em escola pública: este se forma no colegial mal sabendo ler e escrever devido à qualidade com que este é ministrado por professores mal pagos e desmotivados.
Porque o governo não se preocupa em melhorar a qualidade de ensino, em melhorar o salário dos professores e oferecer incentivos a esses, o que seria de verdade uma solução para a tal desigualdade de oportunidades entre as classes sociais, reduzindo a disparidade entre a escola pública e a particular?

Com isso esse governo não está nem aí, afinal de contas, pra quê educar de verdade e ensinar o indivíduo a pensar?
Se isso for feito como eles conseguirão se reeleger às custas dos contos de fadas que eles criam a todo momento pra iludir os mais humildes?

É bem melhor criar o projeto de lei "da carochinha" como a solução para todos os problemas sociais e do ensino público: dê pra esse adolescente semi-analfabeto uma vaga numa universidade pública gratuita, e depois assinale a alternativa correta:

1) Não vai valorizar pois conseguiu fácil demais
2) Não vai conseguir acompanhar porque não tem a bagagem curricular necessária para estar numa universidade considerada forte, como são as universidades públicas
3) Já que não teve que se esforçar até agora, vai continuar no mesmo ritmo, vai se formar nas coxas só pra ter o diploma e vai ser mais um profissional de merda no mercado de trabalho.

Já tô ouvindo os gritos de protesto: Então você quer dizer que todo mundo que é mais humilde, que estudou em escola pública, é vagabundo e burro, e que não merece a oportunidade de estudar numa universidade pública gratuita?

Óbvio que não é isso!!!

Não vou me prolongar mais no assunto pois estou sinceramente revoltada com tanta palhaçada, uma pior que a outra, acontecendo a cada dia. Só vou concluir com essa frase:

SE UM INDIVÍDUO, TENHA ELE ESTUDADO EM ESCOLA PÚBLICA OU PARTICULAR, SEJA ELE RICO, POBRE, NEGRO, PARDO OU ÍNDIO, MAS SEJA CAPAZ, ESFORÇADO E QUEIRA EVOLUIR NA VIDA E SER UM BOM PROFISSIONAL, ELE NÃO PRECISA GANHAR VAGA NA FACULDADE PÚBLICA, ELE CONSEGUE POR MÉRITO PRÓPRIO!

Simples assim.

E pra certificar qualquer um de que minha afirmação é a mais pura verdade, deixo um ótimo exemplo que tenho dentro de casa, de alguém que, tendo estudado em escola pública a vida inteira e praticamente se criado sozinho, conseguiu se formar em nível superior público com mérito através do esforço e determinação próprios, e assim conseguiu "livrar" os 6 filhos das escolas públicas, pagando os estudos deles: meu pai.

Só pra calar a boca de qualquer um que ainda tenha alguma objeção de que quem realmente quer consegue. E tenho dito!
Música do dia: Que país é esse? (Legião Urbana)