21 de dezembro de 2012

A maior gafe do (não) Fim do Mundo

Sabe qual é a pior coisa do mundo não ter acabado? 

É que quando eu empacotar pra valer e minha alma chegar no céu, vou ficar ouvindo comentários do tipo:

- "A roda fez o maior sucesso! Todo mundo queria brincar"

- "O meu primo que inventou a escrita. Ficava pichando a parede o dia todo!"

- "Noé maior egoísta, nem me deixou entrar na Arca."

- "Eu ajudei a construir as Pirâmides do Egito. Tive hérnia de disco de carregar aquelas pedras pesadas!"

- "Aquele calendário circular que fizemos criou a maior confusão em 21/12/2012 lá na Terra."

- "Tava bom aquele vinho que Jesus fez naquela festa de casamento. Fiquei bem louco!"

- "Eu fui da Ordem dos Templários na Idade Média. Mas não conta pra ninguém!"

- "E o Colombo me contando os babados dele, que se atrapalhou na viagem e acabou na América?"

- "Foi um auê aquela Revolução Francesa, cabeça rolando pra todo lado!"

- "Aquele atentado contra Franz Ferdinand na rua de casa? Deu uma briga que nem te conto..."

- "E aquele meu vizinho que acreditava que Hitler era boa gente? Tá lá no inferno agora."

- "Eu costumava ir num boteco onde sempre tocava uma banda muito boa, os Beatles"

- "Dei um chute tão forte no Muro de Berlim que consegui derrubar um pedaço!"

E eu vou contar o que sobre a minha vida enquanto brasileira? 

Que vi o Lula ser presidente? 

Que o Michel Teló ficou em primeiro nas paradas de sucesso? 

Que o Corinthians ganhou o Mundial de Clubes?

Minha alma vai querer se matar mil vezes de tanta vergonha!!! Um evento mais patético e vexaminoso que o outro!!!

Até que um Armageddonzinho viria bem a calhar para eu ter alguma coisa interessante pra contar no Além sobre a minha medíocre existência...

10 de dezembro de 2012

Amor perdido

Sim, eu perdi o amor 
Nos caminhos do meu caminho. 

Perdi na contramão? 
Talvez numa manobra errada, 
Talvez num desvio qualquer. 

Perdi porque tinha que perder 
Para então o compreender 
Ou perdi porque não era pra ser? 

Não sei dizer. Só sei dizer que perdi. 

Mas sei que ele foi visto por aí, 
Vagando por um outro caminho. 

E assim continuou seguindo, 
Cada vez mais distante, 
Se afastando do meu caminho 
Onde achei que um dia o reencontraria. 

Até que o reencontrei, 
Em uma das trilhas da vida. 
Mas ele não era mais o mesmo... 

Não era o amor que eu perdi.
Parecia diferente. 
Depois de tanto tempo, 
Cresceu e ficou independente. 

Independente de mim 
Independente do meu caminho 
Independente do próprio caminho 
Independente de tudo. 

Mas mesmo ao longe pude perceber 
Que mesmo estando mudado 
Ainda mantinha a sua essência. 

Uma essência pura, 
Uma essência sincera, 
Ingênua como só o Amor poderia ter. 

E compreendi que por mais independente que ele fosse, 
para sempre seria dependente.

Dependente dessa essência, 
Dependente desse seu único sonho: 
o sonho de não ter sido perdido 
Nos caminhos do meu caminho.