31 de maio de 2008

Filosofia de bar

Final de semana!!! E seguindo a máxima "se não tem mar, vamos pro bar", o povo paulistano lota os barzinhos da cidade para se distrair, paquerar, beber, conversar e filosofar (aquelas filosofias de banheiro quase sempre, já que quando a conversa do bar chega num nível filosófico é porque todo mundo já está bêbado e mal conseguindo falar com a língua enrolando).
Mas em homenagem a esses filósofos da noite deixo hoje aqui um "poema-letra-de-música" que fiz (com a colaboração do meu irmão Jairo) para os gênios de boteco!


E só para esclarecer, o Luis é uma referência a Luis Fernando Veríssimo e seu livro de contos e crônicas "Noites do Bogart" (casa noturna de Porto Alegre famosa nos anos 80).

Filosofia de Bar

Como disse o Luis:
"Sempre o mesmo Bogart"
Mas o que é que se diz
Numa mesa de bar?


Alguém fala do tempo
Se tem chuva ou tem sol
Da novela, do samba
Além do futebol


Quem é o sexo frágil?
De Osama, de Bush
É um molusco ou crustáceo?
E o problema do rush


A inflação vai subir
Se o imposto baixar?
O inferno é aqui
Ou será que não há?


Despretensiosamente
Desse papo delirante
Vem a idéia inteligente
De um completo ignorante


Faz milagre esse álcool,
E é o da evolução:
Do que era uma ameba
Nasceu um Platão


Pro assunto banal
É banho de água fria
No foco principal
A luz da filosofia


E os problemas do mundo
Agora têm solução
Na conversa fiada
De copo na mão

A todos os filósofos de bar um bom final de semana!!!

Música do dia: A volta do boêmio (Nelson Gonçalves)

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